BLOG DA PRÔ THAÍS RUSSO

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Poesias






A CHÁCARA DO CHICO BOLACHA



NA CHÁCARA DO CHICO BOLACHA



QUE SE PROCURA



NUNCA SE ACHA



QUANDO CHOVE MUITO



CHICO BRINCA DE BARCO,



PORQUE A CHÁCARA VIRA CHARCO



QUANDO CHOVE NADA,



CHICO TRABALHA COM A ENXADA



E LOGO SE MACHUCA



E FICA DE MÃO INCHADA.



POR ISSO, COM CHICO BOLACHA



QUE SE PROCURA NUNCA SE ACHA.



DIZEM QUE A CHÁCARA DO CHICO



SÓ TEM CHUCHU



E UM CACHORRO COXO



QUE SE CHAMA CAXAMBU.



OUTRAS COISAS, NINGUÉM PROCURE,



PORQUE NÃO SE ACHA.



COITADO DO CHICO BOLACHA
.



Cecília Meireles








































POESIAS...

















  • Pessoas são Diferentes.






  • São duas crianças lindas






  • Mas são muito diferentes!






  • Uma é toda desdentada,






  • A outra é cheia de dentes...






  • Uma anda descabelada,






  • A outra é cheia de pentes!






  • Uma delas usa óculos,






  • E a outra só usa lentes.






  • Uma gosta de gelados,






  • A outra gosta de quentes.






  • Uma tem cabelos longos,






  • A outra corta eles rentes.






  • Não queira que sejam iguais,






  • Aliás, nem mesmo tentes!






  • São duas crianças lindas,






  • Mas são muito diferentes!












  • Ruth Rocha

























  • Como trabalhar com poesia?






  • • Brincar com as palavras(achar uma palavra dentro da outra)






  • • Reconhecer palavras que rimam






  • • Criar rimas•






  • Fazer acrósticos•






  • Trabalhar também o desenho (ilustrar um poema)






  • • Formar palavras substituindo vogais•






  • Explorar a diferença entre canção e poema•






  • Trabalhar noções do real e imaginário•






  • Colocar poema na ordem correta•






  • Montar acróstico•






  • Ordenação de versos•






  • Escrita de texto lacunado•






  • Criação de poema O que a poesia nos dá?•






  • Ajuda a romper modos convencionais de percepção e julgamento.•






  • Faz com que vejamos o mundo e as pessoas com novos olhos






  • ou descubramos novos aspectos deles.•






  • Pode dar-nos uma consciência mais ampla dos nossos sentimentos profundos.•






  • Possibilita o exercício de reconhecer-se no outro --elemento fundamental da arte.






  • • Discernimento do limite entre realidade e criação






  • Multiplicidade de gêneros poéticos (e textuais) --






  • poesia concreta, soneto, haicai, poema musical etc.






  • Assim Assado, de Eva Furnari. São Paulo, Moderna, 1991.Ilustrações da autora.Este livro da Eva Furnari faz parte de uma coleção que traz como recurso central o jogo de palavras, cujo elemento constitutivo é a quebra de expectativa. Como se vê nas quadrinhas abaixo:
























  • Era uma vez...Um elefante delicado,






  • Levou uma bronca Ficou emburrado.






  • Era uma vez...Uma velha coroca






  • Foi pro jardim, Conversar com minhoca.
























A poesia para crianças é o brincar que elas tanto gostam, só que com as palavras.
Palavras que, combinadas, inventam novos sentidos e constroem sons, ritmos e imagens diferentes.
A criança está sempre em busca de experiências e a poesia é uma forma nova de descobrir a vida, explorando o mundo fascinante dos sons e das idéias.
A linguagem da poesia trabalha a sensibilidade da criança, desenvolvendo sua relação com a leitura e a escrita.É importante ler poemas de maneira a revelar o ritmo e os sons das palavras.














































  • Os animais.
























  • O jacaré;










  • Não larga do meu pé.










  • Já o leão










  • É sempre o bonzão.










  • A cegonha










  • Sempre fica com vergonha.










  • O gato,










  • Só usa o meu sapato.










  • O tucano










  • Só se enxuga com pano.










  • O pinguim,










  • Só fala de mim.










  • O elefante,










  • só gosta de coisa gigante.










  • O pato,










  • só anda de jacto.










  • A borboleta,










  • é xereta.










  • A foca,










  • só fala fofoca.










  • O mosquito,










  • só não gosta do periquito;










  • já o periquito,










  • só gosta do mosquito.










  • As formigas,










  • só gostam de coisas antigas.










  • E o passarinho,










  • assiste tudo em seu ninho.





























  • Gabriel Queiroz Rodrigues


















A Rainha das borboletas







Era uma vez uma borboleta muito, muito bonita.
As suas asas tinham mil cores e ao voar deixavam um rasto brilhante de pózinhos de perlimpimpim.
A Borboleta de Mil Cores era mágica.
Todas as manhãs esvoaçava sobre um enorme jardim florido e cobria as flores de pó brilhante. Ao reflectir a luz do Sol, os pózinhos de perlimpimpim transformavam-se em pequenas gotas de orvalho.
E assim, a Borboleta de Mil Cores acordava as flores e refrescava-lhes as pétalas, que ganhavam cores mais vivas e elegantes.
Um dia, quando o Sol anda dormia tapado com a sua manta de horizonte, a Borboleta de Mil Cores viu uma luz ao fundo do jardim.
Era uma luz cintilante e quente, e parecia uma pequena estrela no meio das flores.
Com cuidado para não acordar as flores, a borboleta esvoaçou silenciosamente na direcção da luz.
Ao aproximar-se percebeu que a luz vinha das pétalas de uma flor prateada, ainda em botão.
A Borboleta de Mil Cores ficou muito curiosa pois nunca tinha visto uma flor igual, e decidiu voar até ao horizonte para acordar o Sol.
Voou velozmente, deixando um rasto brilhante no céu.
Quando chegou ao horizonte, a borboleta chamou bem alto pelo Sol.
O Sol espreitou, ensonado, e, espreguiçando os seus raios alaranjados, vestiu-se de calor.
«Sol, ilumina a nova flor prateada do jardim!» pediu a borboleta.
E o Sol clareou o dia, esticando um raio na direcção do jardim.
Ternamente, acariciou a corola brilhante e o pequeno botão prateado acordou, abrindo as suas pétalas.A Borboleta de Mil Cores ficou encantada.
A nova flor tinha enormes pétalas de fino recorte, decoradas com motivos de ouro.
Os seus grãos de pólen pareciam minúsculos diamantes.
Atraída pela beleza e brilho mágico, a borboleta poisou na flor prateada.
Mas assim que tocou com as suas pequenas patinha no pólen da flor, as enormes pétalas fecharam-se, engolindo a borboleta!E durante dias a Borboleta de Mil Cores não foi vista.
Todas as manhãs as flores esperavam pelo seu alegre bater de asas, mas dele não havia sinal.
E as flores começaram a perder as cores e a murchar sem o orvalho mágico da borboleta.
Até que um dia as belas pétalas da flor prateada voltaram a abrir.
De dentro da flor saiu a Borboleta de Mil Cores, num bater de asas rápido.
Estava mais brilhante e esbelta, e tinha na cabeça uma maravilhosa coroa cravejada com mil pedras preciosas.
Tinha-se transformado na Rainha das Borboletas.
E ao ver o jardim tão murcho e seco, a Rainha das borboletas comoveu-se.
Pegou na sua coroa e semeou as suas mil pedras preciosas.
Passado pouco tempo, com a ajuda do Sol, nasceram mil flores de pétalas cor de cristal.
A Rainha das borboletas voou sobre as flores, espalhando finos pós de perlimpimpim prateados e as mil flores abriram-se, libertando mil borboletas de asas transparentes.
E, a partir desse dia, todos os jardins do mundo passaram a ser banhados com pózinhos de borboleta, e as flores tornaram-se mais belas e coloridas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário