Durante uma era galcial muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos por não se adaptarem às condições do clima hostil.foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, ajuntar-se mais e mais.Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.e todos juntos, bem unidos, aquciam-se mutuamente naquele inverno tenebroso.Porém, vida ingrata, espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte.E afastaram-se feridos, magoados e sofridos.Dispersaram-se, por não suportarem por mais tempo os espinhos de seus semelhantes.Doiam muito...Mas essa não foi a melhor solução.Afastados, separados, logo começaram a morrer congelados.Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com preocupações, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem magoar, sem causar danos recíprocos.Assim, suportaram-se resistindo à longa era glacial.Sobreviveram!
Autor Desconhecido
Um rapaz procurou Sócrates e disse que precisava comntar-lhe algo.Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?- Três peneiras?- Sim. A primeira peneira é a Verdade. O que você quer contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido contar, a coisa deve morrer por aí mesmo. Suponhamos que seja verdade. deve então passar pela segunda peneira: A Bondade.O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: A Necessidade.Convém contar? resolve alguma coisa? ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?E, arremata Sócrates: - Se passar pelas três peneiras, conte! tanto eu, você e seu irmão nos beneficiaremos.Caso contrário, esqueça e enterre tudo.Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e levar discórdia entre irmãos, colegas de planeta.Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz.
Extraído do jornal Origanum - ano V - número 32
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