BLOG DA PRÔ THAÍS RUSSO

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

HISTÓRINHAS PARA COMEÇAR O ANO !!!































A Galinha Ruiva



Era uma vez uma galinha ruiva, que morava com seus pintinhos
numa fazenda.


Um dia ela percebeu que o milho estava maduro, pronto prá colher
e virar um bom alimento.
A galinha ruiva teve a idéia de fazer um delicioso bolo de milho.
Todos iam gostar!
Era muito trabalho: ela precisava de bastante milho para o bolo.
Quem podia ajudar a colher a espiga de milho no pé?
Quem podia ajudar a debulhar todo aquele milho?
Quem podia ajudar a moer o milho para fazer a farinha de milho para o bolo?

Foi pensando nisso que a galinha ruiva encontrou seus amigos:
- Quem pode me ajudar a colher o milho para fazer um delicioso bolo?

- Eu não, disse o gato. Estou com muito sono.

- Eu não, disse o cachorro. Estou muito ocupado.


- Eu não, disse o porco. Acabei de almoçar.

- Eu não disse a vaca. Está na hora de brincar lá fora.


Todo mundo disse não.
Então, a galinha ruiva foi preparar tudo sozinha: colheu as espigas,
debulhou o milho, moeu a farinha, preparou o bolo e colocou no forno.
Quando o bolo ficou pronto ...


Aquele cheirinho bom de bolo foi fazendo os amigos se chegarem. Todos ficaram com água na boca.

Então a galinha ruiva disse:
- Quem foi que me ajudou a colher o milho, preparar o milho, para fazer o bolo?
Todos ficaram bem quietinhos. ( Ninguém tinha ajudado.)
- Então quem vai comer o delicioso bolo de milho sou eu e meus pintinhos, apenas. Vocês podem continuar a descansar olhando.
E assim foi: a galinha e seus pintinhos aproveitaram a festa, e nenhum dos preguiçosos foi convidado.



































































































O coelhinho Jóca







"Era uma vez quatro coelhinhos chamados: Bolinha, Mimoso, Algodãozinho
e Joca. Eles moravam com sua mãezinha, embaixo de um grande pinheiro. Dona Coelha, precisando um dia sair para fazer compras, chamou-os e disse:
- Escutem, queridos, mamãe vai sair. Se vocês quiserem, podem dar uma voltinha, mas, por favor, não entrem na horta do Sr. Tinoco. Seu pai teve um acidente lá e nunca mais voltou para casa. Tenham juízo, filhotes, eu não me demoro.Dona Coelha apanhou a sombrinha, a cesta de compra
e foi à padaria. Comprou cinco bolinhos com passas e um pão de forma. Bolinha, Mimoso e Algodãozinho, que eram muito ajuizados, foram colher amoras.

Joca, porém, que era muito desobediente, passou por debaixo da cerca e foi
à horta do Sr. Tinoco. Lá chegando, comeu alfaces, cenouras e rabanetes,
até não poder mais. Sentou-se para descansar um pouco.

Exatamente ali, perto do canteiro dos repolhos, estava o Sr. Tinoco. Assim
que avistou o coelhinho, correu ao seu encalço, de ancinho na mão.Joca ficou muito assustado; corria para todos os lados e não conseguia acertar a saída. Perdeu um dos sapatos no meio dos repolhos, e o outro, perto das batatas.

Cada vez ele corria mais. De repente, ficou preso, pelo botão do casaco, numa rede que protegia as uvas. Começou a chorar alto. Uns pardais muito bonzinhos, que voavam por ali, vieram consolá-lo. Entretanto, o Sr. Tinoco não tinha desistido de pegá-lo.
Ali veio ter, com uma enorme peneira na mão, pretendendo com ela prender o pobre bichinho. Nesse instante, porém, Joca deu um arranco e conseguiu desprender-se.



No entanto, ficou sem o casaco e caiu em cima da caixa de ferramentas. Levantou-se depressa, e escondeu-se dentro de uma lata grande que viu à sua frente. A lata estava cheia de água e Joca estava muito suado; por isso,
começou a sentir arrepios de frio e pôs-se a espirrar.

O Sr. Tinoco, que o havia perdido de vista, descobriu o seu esconderijo e correu para a lata. O coelhinho, porém, foi mais ligeiro; pulou fora da lata e ocultou-se atrás de uns vasos de plantas.O Sr. Tinoco já estava cansado de tanto correr à procura do coelhinho, de maneira que resolveu voltar para casa. Joca, quando percebeu que o seu perseguidor o deixara em paz, sentou-se para descansar. Estava quase sem respiração e tremia da cabeça aos pés. Além disso, não tinha a menor idéia de como sair dali.
Enquanto pensava na situação, apareceu um rato que carregava, na boca, alimento para os seus filhinhos. Joca perguntou-lhe onde ficava a saída, mas ele não lhe respondeu, apenas sacudiu a cabeça. Então o coitadinho resolveu
ir andando para ver se descobria alguma coisa.
Atravessou o jardim e chegou a um tanque onde o Sr. Tinoco costumava
encher as latas de água. Ali estava sentado um gatinho, apreciando os peixinhos dourados que havia no tanque. Joca, a princípio, teve vontade de dirigir-lhe a palavra, mas pensou melhor e foi andando. Seu primo, o coelhinho Benjamim, sempre lhe contava histórias perigosas sobre gatos...
Um pouco adiante encontrou uma carrocinha. Subiu nela
e olhou à volta. Lá adiante estava o seu inimigo, o Sr. Tinoco, cuidando
de um canteiro. Do lado oposto, ficava o portão. Que alívio! Muito de mansinho, sem fazer barulho, foi ele se arrastando, até que se viu, são e salvo, perto do pinheiro onde ficava sua casa. Estava tão cansado que se deitou ali mesmo e fechou os olhos. Dona Coelha estava preparando o jantar. Quando o viu ali fora, assim, abatido, ficou imaginando o que lhe teria acontecido. Ficou, porém, muito zangada quando viu que ele havia perdido os sapatos e o casaco. Levou-o, no colo,
para a cama e notou que ele estava febril.À hora do jantar, Bolinha, Mimoso e Algodãozinho foram para a mesa, comeram bolinhos com passas e tomaram leite quentinho. Joca ficou na cama
e tomou chá de limão.

No dia seguinte, ainda se sentia mal. Estava tão arrependido, que prometeu à mamãe nunca mais desobedecer-lhe e ser tão comportado quanto seus outros irmãos."Beatriz Potter do Livro "The Tales of Petter Rabbit"








































OS SETE CABRITINHOS











de Jakob e Wilhelm















"Era uma vez uma cabra que tinha sete cabritinhos.
Ela os amava com todo o amor que as mães sentem por seus filhinhos.
Um dia, ela teve que ir à floresta em busca de alimento. Então, chamou os cabritinhos e lhes disse:
- Queridos filhinhos, preciso ir à floresta. Tenham muito cuidado por causa
do lobo. Se ele entrar aqui, vai devorá-los todos. É seu costume disfarçar-se,
mas vocês o reconhecerão pelas sua voz rouca e por suas patas pretas.
Os cabritinhos responderam:

- Querida mãezinha, pode ir descansada, pois teremos muito cuidado.A cabra baliu e foi andando despreocupada. Não se passou muito tempo
e alguém bateu à porta dizendo:

- Abram a porta, queridos filhinhos. A mamãe está aqui e trouxe uma coisa
para cada um de vocês.
Os cabritinhos perceberam logo que era o lobo, por causa de sua voz rouca,
e responderam:- Não abriremos a porta, não! Você não é nossa mãezinha. Ela tem uma voz macia e agradável. A sua é rouca. Você é o lobo!
O lobo, então, foi a uma loja, comprou uma porção de giz e comeu-os para amaciar a voz. Voltou à casa dos cabritinhos, bateu à porta, e disse:- Abram a porta, meus filhinhos. A mamãe já voltou e trouxe um presente
para cada um de vocês.

Mas o lobo tinha posto as patas na janela e os cabritinhos responderam:- Não abriremos a porta, não! Nossa mãe não tem patas pretas como as suas. Você é o lobo.O lobo foi à padaria e disse ao padeiro:- Tenho as patas feridas. Preciso esfregá-las em um pouco de farinha. O padeiro pensou consigo mesmo: "O lobo está querendo enganar alguém". E recusou-se a fazer o que ele pedia. O lobo, porém, ameaçou devorá-lo e o padeiro, com medo, esfregou-lhe bastante farinha nas patas.
Pela terceira vez, foi o lobo bater à porta dos cabritinhos: - Meus filhinhos, abram a porta. A mãezinha já está aqui, de volta da floresta,
e trouxe uma coisa para cada um de vocês.
Os cabritinhos disseram:- Primeiro mostre-nos suas patas, para vermos se você é mesmo nossa mãezinha. O lobo pôs as patas na janela e, quando eles viram que eram brancas, acreditaram e abriram a porta.
Mas, que surpresa!!! Ficaram apavorados quando viram o lobo entrar. Procuraram esconder-se depressa. Um entrou debaixo da mesa; outro meteu-se na cama; o terceiro entrou no fogão; o quarto escondeu-se na cozinha; o quinto, dentro do guarda-louça; o sexto, embaixo de uma tina, e o sétimo, na caixa do relógio. O lobo os foi achando e comendo, um a um. Só escapou o mais moço, que estava na caixa do relógio.
Quando satisfez o seu apetite, saiu e, mais adiante, deitou-se num gramado. Daí a pouco pegou no sono. Momentos depois, a cabra voltou da floresta. Que tristeza a esperava! A porta estava escancarada. A mesa, as cadeiras e os bancos, jogados pelo chão. As cobertas e os travesseiros, fora das camas. Ela procurou os filhinhos, mas não os achou. Chamou-os pelos nomes, mas não responderam. Afinal, quando chamou o mais moço, uma vozinha muito sumida respondeu:- Mãezinha querida, estou aqui, no relógio.
Ela o tirou de lá, e ele lhe contou tudo o que havia acontecido. A pobre cabra chorou ao pensar no triste fim de seus filhinhos!!! Alguns minutos depois, ela saiu e foi andando tristemente pela redondeza. O cabritinho acompanhou-a. Quando chegaram ao gramado, viram o lobo dormindo, debaixo de uma árvore. Ele roncava tanto que os galhos da árvore balançavam. A cabra reparou que alguma coisa se movia dentro da barriga do lobo.- Oh! Será possível que meus filhinhos ainda estejam vivos, dentro da barriga
do lobo? pensou ela falando alto.Então, o cabritinho correu até sua casa e trouxe uma tesoura, agulha e linha. Mal a cabra fez um corte na barriga do lobo malvado, um cabritinho pôs a cabeça de fora. Ela cortou mais um pouco e os seis saltaram, um a um. Como ficaram contentes!!! Cada qual queria abraçar mais a mamãe. Ela também estava radiante, contudo, precisava acabar a operação antes que o lobo acordasse.

Mandou que os cabritos procurassem umas pedras bem grandes. Quando eles
as trouxeram, ela as colocou dentro da barriga do bicho e coseu-a rapidamente. Daí a momentos, o lobo acordou. Como sentisse muita sede, levantou-se para beber água no poço. Quando começou a andar, as pedras bateram, umas de encontro às outras, fazendo um barulho esquisito. O lobo pôs-se a pensar:"Estavam bem gostosinhosOs cabritos que comi.Mas depois, que coisa estranha!Que enorme peso senti!"Quando chegou ao poço e se debruçou para beber água, com o peso das pedras, caiu lá dentro e morreu afogado. Os cabritinhos, ao saberem da boa notícia, correram e foram dançar, junto ao poço, cantando, todos ao mesmo tempo": "Podemos viver,Sem ter mais cuidado.O lobo malvado morreu,No poço afogado."




















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