O ASSUNTO É: BULLYING
Li esta matéria na Construir Notícias e achei que seria interessante postá-la aqui no meu blog, já que o Bullying é uma realidade, cada vez mais freqüente, no cotidiano escolar. É um tema que precisa ser discutido entre nós, educadores, já que a temática ainda está distante da maioria dos profissionais que atuam na área educacional.
O que é Bullying?
O termo bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais que tornam possível a intimidação da vítima.
Por não existir uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar todas as situações de bullying possíveis, o quadro a seguir relaciona algumas ações que podem estar presentes:
Encarnar - Sacanear - Humilhar - Fazer sofrer
Discriminar - Excluir - Isolar - Ignorar
Intimidar - Perseguir - Assediar - Aterrorizar
Chutar - Empurrar - Ferir - Roubar
De que maneira os alunos se envolvem com o bullying?
-Alvos de bullying – são os alunos que só sofrem bullying.
- Alvos/autores de bullying – são os alunos que ora sofrem, ora praticam bullying.
- Autores de bullying – são os alunos que só praticam bullying.
-Testemunhas de bullying – são os alunos que não sofrem nem praticam bullying, mas convivem em um ambiente onde isso ocorre.
Os autores são, comumente, indivíduos que têm pouca empatia. Freqüentemente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento afetivo entre seus membros. Seus pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, toleram e oferecem, como modelo para solucionar conflitos, o comportamento agressivo ou explosivo. Admite-se que os que praticam o bullying têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqüentes ou criminosas.
Quais são as conseqüências do bullying sobre o ambiente escolar?
Alguns dos casos citados na imprensa — como o ocorrido na cidade de Taiúva, interior de São Paulo, no início de 2003, no qual um ou mais alunos entraram armados na escola, atirando contra quem estivesse à sua frente — retratavam reações de crianças vítimas de bullying. Merecem destaque algumas reflexões sobre isso:
- Depois de muito sofrerem, esses alunos utilizaram a arma como instrumento de “superação” do poder que os subjugava.
- Seus alvos, em praticamente todos os casos, não eram exclusivamente os alunos que os agrediam ou intimidavam.
- Quando resolveram reagir, o fizeram contra todos da escola, pois todos teriam se omitido e ignorado seus sentimentos e seu sofrimento.
- As medidas adotadas pela escola para o controle do bullying, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não-violência na sociedade.
Quais são as conseqüências possíveis para os alvos?
Aqueles que praticam bullying contra seus colegas poderão levar para a vida adulta o mesmo comportamento anti-social, adotando atitudes agressivas no seio familiar (violência doméstica) ou no ambiente de trabalho. Estudos realizados em diversos países já sinalizam para a possibilidade de que autores de bullying na época da escola venham a se envolver, mais tarde, em atos criminosos ou de delinqüência.
As testemunhas também se vêem afetadas por esse ambiente de tensão, tornando-se inseguras e temerosas de que possam vir a se tornar as próximas vítimas.
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