MUSSARELA ou MUÇARELA?
O duplo "z" de palavras italianas vira, em português, "ç":
carrozza - carroça
piazza - praça
razza - raça
Na Itália, escreve-se "mozzarella", com dois "z".
É por isso que os principais dicionários (Aurélio e Houaiss) e o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) prescrevem a grafia "muçarela", com "ç".
Portanto, por incrível que pareça, a forma "errada", segundo as fontes citadas, é justamente a que quase todo mundo usa: “mussarela”.
Como explicar isso?
Não é difícil: um belo dia, alguém que desconhecia a regra de que o duplo "z" italiano vira "ç" em português escreveu "mussarela".
Outros que também desconheciam a regra o acompanharam.
E assim foi popularizada a grafia com dois "ss".
Hoje, ai daquele que escreve "muçarela"!
Certamente, para a grande maioria, o errado é ele, apesar de a ortografia oficial dizer o contrário.
Diante da situação, o que fazer?
Ignorar a regra e grafar "mussarela" conforme a maioria?
Ou acatar a prescrição da norma e escrever "muçarela"?
Eu vou dizer o que faço: escrevo "muçarela", mas não corrijo quem escreve "mussarela", pois sei que este é mais um dos tantos erros que o uso consagrou.
quarta-feira, 11 de julho de 2012
segunda-feira, 25 de junho de 2012
As fábulas são pequenas histórias que transmitem uma lição de moral. As personagens das fábulas são geralmente animais, que representam tipos humanos, como o egoísta, o ingênuo, o espertalhão, o vaidoso, o mentiroso, etc.
A fábula é uma das mais antigas formas de narrativa. Muitos escritores dedicaram-se às fábulas, mas três ficaram mundialmente famosos: o grego Esopo (século VI a.C.), o latino Fedro (15 a.C. - 50 d.C.) e o francês Jean de La Fontaine (1621 - 1695).
No Brasil, Monteiro Lobato (século XX) foi quem as recriou. Millôr Fernandes é um escritor carioca que recriou as antigas fábulas de Esopo e La Fontaine, de forma satírica e engraçada.
A fábula se divide em 2 partes:
· 1ª parte - a história (o que aconteceu)
· 2ª parte - a moral (o significado da história)
A origem da fábula perde-se na antiguidade mais remota. Os gregos citavam Esopo como fundador da fábula. Os seus textos: A Raposa e as Uvas, A Tartaruga e a Lebre, O Vento Norte e o Sol, O Menino que criava Lobo, O Lobo e o Cordeiro são bem conhecidas pelo mundo afora.
Podem-se citar algumas fábulas imortalizadas por La Fontaine: "O lobo e o cordeiro", "A raposa e o esquilo", "Animais enfermos da peste", "A corte do leão", "O leão e o rato", "O pastor e o rei", "O leão, o lobo e a raposa", "A cigarra e a formiga", "O leão doente e a raposa", "A corte e o leão", "Os funerais da leoa", "A leiteira e o pote de leite".
O brasileiro Monteiro Lobato dedica um volume de sua produção literária para crianças às fábulas, muitas delas adaptadas deFontaine . Dessa coletânea, destacam-se os seguintes textos: "A cigarra e a formiga", "A coruja e a águia", "O lobo e o cordeiro", "A galinha dos ovos de ouro" e "A raposa e as uvas".
Sendo um gênero que explicita modos devidos e indevidos de comportamento, atuando sobre o leitor numa perspectiva predominantemente ética, as fábulas não deixam de lhe proporcionar, no entanto, uma leitura, a um só tempo, crítica e prazerosa.
Fábulas mais conhecidas:
A Raposa e as Uvas - Esopo
A Lebre e a Tartaruga - Esopo
O Corvo e o Jarro - Esopo
A Cigarra e a Formiga - La Fontaine
A Raposa e a Cegonha - La Fontaine
Assinar:
Postagens (Atom)