BLOG DA PRÔ THAÍS RUSSO

domingo, 28 de agosto de 2011

Quem é o Saci?


Você sabia que existe um dia, no Brasil, dedicado à comemoração do Saci? E o Saci você sabe quem é? Onde ele surgiu? Já ouviu alguma vez a história desse personagem fantástico?


Saci Pererê
O Saci é um personagem brasileiro mitológico1 que habita o imaginário popular brasileiro principalmente no interior do país onde ainda se mantém o hábito dos mais velhos, de contarem histórias aos mais jovens nas tranqüilas e claras noites de lua.

Representado atualmente pela figura de um menino negro de uma só perna que possui um gorro vermelho na cabeça e traz sempre um cachimbo na boca. De Norte a Sul do Brasil, além do nome, são várias também as definições e representações atuais que se tem dele. No nordeste, de uma forma geral ele segue a representação antes descrita que é a mais conhecida atualmente e a mais popular.

No Sul e Sudeste há algumas variações. No Rio Grande do Sul, por exemplo, ele é retratado como um menino negro perneta de gorro vermelho que se diverte atormentando a vida dos caminhoneiros e aventureiros que gostam de viajar. Deixando-os areados ele os faz perder o destino. Ranços culturais europeus podem ter influenciado o Saci em Minas Gerais onde ganhou acessórios como: “um bastão, laço ou cinto, que usa como a “vara de condão” das fadas européias” (site: http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/3contos/saci.html). Já em São Paulo, apesar de manter essas mesmas características básicas ele possui um boné em lugar do gorro.






De onde vem o (s) Saci (s)?
Segundo a crença popular os Sacis vivem setenta e sete anos e se originam do bambu. Após sete anos de “gestação” dentro do gomo do bambu ele sai para uma longa vida de travessuras e quando morre se metamorfoseia em cogumelos venenosos ou em “orelhas de pau”. Quem é do interior ou já foi ao campo a passeio deve ter visto alguma vez, uma espécie de cogumelo que se forma nos troncos das árvores e que se parece com uma orelha. É isso que os matutos chamam de “orelha de pau”.

As principais características
Apesar das inúmeras definições dessa famosa entidade folclórica algumas características são mais presentes e recorrentes nas descrições do Saci. Sabe-se que em geral:

- é um ser que vive nas matas;
- é extremamente misterioso;
- é negro, pequeno e possui apenas uma perna;
- usa um capuz vermelho e um cachimbo;
- não possui pêlos no corpo;
- não possui órgãos para urinar ou defecar;
- só tem três dedos em cada mão;
- possui as mãos perfuradas;
- adora assoviar e ficar invisível;
- vive com os joelhos machucados, resultado das travessuras;
- tem o domínio dos insetos que atormentam o homem: mosquitos, pernilongos, pulgas, etc.;
- fuma em um pito e solta fumaça pelos olhos;
- adora fazer travessuras;
- pode, em momentos de bom humor ajudar a encontrar coisas perdidas;
- gira em torno de si feito um pião e provoca redemoinhos;
- pode ser malvado e perigoso;
- adora encantar as criancinhas faze-las perder-se na mata;

Saci: malvado ou apenas peralta?
Entre todas essas características uma é unânime: sua personalidade travessa. Algumas pessoas acreditam que ele é mau outros dizem que ele é apenas um garoto traquino que adora fazer pequenas travessuras, mas sem o intuito de fazer o mal, apenas de se divertir. Seja como for diz a lenda que ele é muito peralta. Adora assustar os animais, prendê-los, criar situações embaraçosas para as pessoas, esconder objetos, derrubar e quebrar as coisas, entre outras danações.

Diz a lenda que ele não é apenas um brincalhão ou um espírito mau. Tratar-se-ia de um exímio conhecedor das propriedades medicinais das ervas e raízes da floresta. Se alguém precisa entrar na mata e pegar algo, portanto, tem que pedir autorização do Saci, pois entrando sem permissão cairá inevitavelmente em suas armadilhas.

Como escapar do Saci?
Algumas pessoas afirmam que o único meio de driblar o negrinho é espalhando cordas ou barbantes amarrados pelo caminho. Assim ele se ocuparia em desatar os nós, dando tempo da pessoa fugir de sua perseguição. O Saci também tem medo de córregos e riachos, por isso, atravessar um pode ser uma alternativa, pois o Saci não consegue fazer a travessia.

Mas o único meio de controlar um Saci, segundo o mito, é tirando-lhe o gorro e prendendo-o em uma garrafa. Para isso é necessário jogar uma peneira ou um rosário bento em um redemoinho. Só dessa forma se pega um Saci. Uma vez preso e sem o gorro que lhe dá poderes ele fará tudo que for mandado.
As origens

Diante de todas essas informações fica a pergunta: onde teria nascido a lenda do Saci? Os estudos sobre o folclore brasileiro apontam a origem indígena quando falam da lenda do Saci. Esse mito teria surgido na região Sul do Brasil durante o período colonial, por vota do final do século XVIII, por ocasião das Missões.

A alcunha pela qual o Saci é mais popularmente conhecido é Saci-Pererê, mas seu nome originalmente era Yaci-Yaterê de origem Tupi Guarani. De acordo com a região do Brasil ele pode, porém, ser conhecido por uma variedade de apelidos.

O dicionário Aurélio traz as seguintes variações de nomes do Saci: “Saci-cererê, Saci-pererê, Matimpererê, Martim-pererê” (AURÉLIO, 2005). Além dessas denominações Martos e Aguiar (2001, p. 75) apontam ainda: “saci-saçura, saci-sarerê, saci-siriri, saci-tapererê ou saci-trique”. Por ser considerado por alguns um perito na arte da transformação em aves, o negrinho travesso recebe ainda nomes de passarinhos nos quais se transforma, como por exemplo: matitaperê, matintapereira, sem-fim, entre outros (ibidem, p. 75). Na região às margens do Rio São Francisco ele é conhecido pela alcunha de Romão ou Romãozinho.

A metamorfose do Saci
Quando surgiu, o saci foi representado por um curumim2 endiabrado, de uma perna só e de rabo. Suas traquinagens tinham como objetivo atrapalhar a entrada dos intrusos na mata, ou seja, no território indígena. Era provavelmente uma forma encontrada pelos nativos de resguardar seu território da invasão dos indesejados homens brancos.

A figura original do Saci – garoto índio – sofreu alterações por ocasião da inserção, na cultura brasileira, de elementos africanos e europeus, trazidos para cá pelos negros escravos importados da África e pelos colonizadores.

Ao chegarem a terras brasileiras trazendo seus próprios mitos e difundindo-os entre os que aqui habitavam, africanos e europeus provocaram uma mescla de características das três culturas, assim, a lenda do saci ganhou elementos novos.

O Saci se transformou em um garoto negro de características físicas africanas. Alguns acreditam que a ausência da perna se deveu a uma perda sofrida em uma disputa de capoeira, luta praticada pelos negros africanos. Também ganhou um cachimbo, típico dos costumes africanos. Da cultura européia ganhou um elegante barrete vermelho que reza a lenda, é a fonte de seus poderes mágicos.
Conclusão

Apesar de todo o encanto dessa lenda e desse personagem. Mesmo com a resistência em alguns lugares da cultura de contar histórias, o que se percebe hoje é a desvalorização da cultura oral e o enfraquecimento desses costumes a cada dia.

Alguns fatores, porém têm contribuído para que o Saci não se apague da memória de nosso povo e facilitado o acesso de mais pessoas a essa lenda que integra o patrimônio literário e cultural brasileiro.

Graças à criatividade de escritores brasileiros como: Maurício de Souza, Monteiro Lobato e Ziraldo, esse personagem viajou do campo para as grandes metrópoles e até mesmo para o exterior através de suas obras.

Monteiro Lobato, escritor conhecido do público infantil, foi o primeiro a lembrar o Saci. Nas décadas de 1970 e 1980 o personagem apareceu nas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo e o personagem ficou conhecido em todo o País. Este é, talvez, o escritor que mais difundiu esse personagem, primeiro através da obra escrita e depois através da obra televisionada, que hoje tem alcance internacional, levando nosso personagem ao conhecimento do mundo.

Maurício de Souza, criador da turma da Mônica, também incluiu o Saci nas suas histórias em quadrinho, principalmente nas do personagem Chico Bento, que é um matuto da roça. Outro que imortalizou o Saci em sua obra foi Ziraldo com a criação da turma do Pererê, que também alcançou as telas da televisão.

Além do impulso dado pela literatura, outro fato importante foi a criação, em 2005, pelo governo brasileiro, do dia nacional do Saci, que deve ser comemorado dia 31 de outubro. Essa idéia surgiu com o intuito de minimizar a importância que se dá à comemoração do dia das bruxas3, reduzindo assim, a influência de culturas importadas e favorecendo a valorização da cultura e do folclore nacionais.

1 O termo mitológico é utilizado aqui para designar um personagem que faz parte dos mitos da cultura brasileira. Segundo o Novo Dicionário Eletrônico Aurélio versão 5.0 mito é uma “narrativa na qual
aparecem seres e acontecimentos imaginários, que simbolizam forças da natureza, aspectos da vida
humana, etc. Representação de fatos ou personagens reais, exagerada pela imaginação popular, pela
tradição, etc”.

2 Criança indígena.

Bibliografia

AURÉLIO, Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário Eletrônico Aurélio versão 5.0. Coordenação e edição: Margarida dos Anjos e Marina Baird Ferreira. Brasil: Editora positivo, 2004.

Enciclopédia: Nova pesquisa e saber. Português e folclore. São Paulo: Nova editora ltda.

LOBATO, Monteiro. O Saci. São Paulo: Editora Brasiliense S.A. sem/data.

MARTOS, Cloder Rivas, 1942. Viver e aprender português, 2ª série. Cloder Rivas Martos, Joana D’Arque Gonçalves de Aguiar. 7. ed. Reform. São Paulo: Saraiva, 2001.

MEGALE, Nilza B. Folclore Brasileiro. Petrópolis: Editora Vozes, 1999.

http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/3contos/saci.html).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Saci

Folclore Brasileiro Ilustrado: Lenda do Saci Pererê – © Copyright 2000-2007 – http://www.sitededicas.com.br

http://www.suapesquisa.com/musicacultura/saci-perere.htm
http://www.brasilescola.com/folclore/saci-perere.htm
http://www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/mulasemcabeca.htm

Lenda - Do Saci-pererê






O Saci-Pererê é um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro. Possuí até um dia em sua homenagem: 31 de outubro. Provavelmente, surgiu entre povos indígenas da região Sul do Brasil, ainda durante o período colonial (possivelmente no final do século XVIII). Nesta época, era representado por um menino indígena de cor morena e com um rabo, que vivia aprontando travessuras na floresta.
Porém, ao migrar para o norte do país, o mito e o personagem sofreram modificações ao receberem influências da cultura africana. O Saci transformou-se num jovem negro com apenas uma perna, pois, de acordo com o mito, havia perdido a outra numa luta de capoeira. Passou a ser representado usando um gorro vermelho e um cachimbo, típico da cultura africana. Até os dias atuais ele é representado desta forma. O comportamento é a marca registrada deste personagem folclórico. Muito divertido e brincalhão, o saci passa todo tempo aprontando travessuras na matas e nas casas. Assusta viajantes, esconde objetos domésticos, emite ruídos, assusta cavalos e bois no pasto etc. Apesar das brincadeiras, não pratica atitudes com o objetivo de prejudicar alguém ou fazer o mal. Diz o mito que ele se desloca dentro de redemoinhos de vento, e para captura-lo é necessário jogar uma peneira sobre ele. Após o feito, deve-se tirar o gorro e prender o saci dentro de uma garrafa. Somente desta forma ele irá obedecer seu "proprietário". Mas, de acordo com o mito, o saci não é voltado apenas para brincadeiras. Ele é um importante conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. Ele controla e guarda os segredos e todos estes conhecimentos. Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a mitologia, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformará em mais uma vítima de suas travessuras. A crença neste personagem ainda é muito forte na região interior do Brasil. Em volta das fogueiras, os mais velhos contam suas experiências com o saci aos mais novos. Através da cultura oral, o mito vai se perpetuando. Porém, o personagem chegou aos grandes centros urbanos através da literatura, da televisão e das histórias em quadrinhos. Quem primeiro retratou o personagem, de forma brilhante na literatura infantil, foi o escritor Monteiro Lobato. Nas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo, o saci aparece constantemente. Ele vive aprontando com os personagens do sítio. A lenda se espalhou por todo o Brasil quando as histórias de Monteiro Lobato ganharam as telas da televisão, transformando-se em seriado, transmitido nas décadas de 1970-80.




DITADOS POPULARES




1.À noite todos os gatos são pardos.

2.A união faz a força.
3.Agora, Inês é morta.
4.Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
5.Antes tarde do que nunca. 6.Aprenda todas as regras e transgrida algumas.
7.Aproveite a sorte enquanto ela está a seu favor. 8.Aquele que só pensa em trabalho torna-se maçante. 9.Aqui se faz, aqui se paga.
10.As aparências enganam.
11.Cada cabeça, uma sentença.
12.Cada coisa a seu tempo.
13.Cada macaco no seu galho.
14.Cão que ladra não morde.
15.Cautela nunca é demais. 16.De grão em grão, a galinha enche o papo.
17.De moeda em moeda se faz uma fortuna.
18.Depois da tormenta, sempre vem a bonança.
19.Desgraça pouco é bobagem.
20.Devagar se vai longe.
21.Dia de muito, véspera de pouco.
22.Dizei-me com quem andas e eu te direi quem és.
23.É melhor não cutucar a onça com vara curta.
24.É melhor prevenir do que remediar. 25.É na necessidade que se conhece o amigo. 26.Em boca fechada não entra mosca.
27.Em casa de ferreiro, espeto de pau.
28.Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas.
29.Em terra de cego, quem tem um olho é rei.
30.Falar é prata, calar é ouro.
31.Gato escaldado tem medo de água fria.
32.Mais vale um pássaro na mão do que cem voando. 33.Melhor um pardal na mão do que um pombo no telhado. 34.Na cama que farás, nela te deitarás. 35.Nada como um dia após o outro.
36.Não adianta chorar sobre o leite derramado.
37.Não confie na sorte. O triunfo nasce da luta. 38.Não conte com o ovo na barriga da galinha. 39.Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe.
40.Não há marcas que o tempo não apague.
41.Nem tudo que reluz é ouro.
42.Nunca puxe o tapete dos outros, afinal você também pode estar em cima dele.
43.Os melhores homens são os que as mulheres julgam melhores.
44.Os últimos serão os primeiros.
45.Papagaio come milho, periquito leva fama.
46.Pense duas vezes antes de agir. 47.Pense rápido, fale devagar.
48.Pequenos riachos formam grandes rios. 49.Quem desdenha quer comprar.
50.Quem espera sempre alcança.
51.Quem não tem cão caça com gato.
52.Quem ri por último ri melhor.
53.Quem semeia ventos, colhe tempestades.
54.Quem tem boca vai a Roma.
55.Quem tem pressa come cru.
56.Quem tem telhado de vidro não atira pedra ao vizinho.
57.Quem tudo quer, tudo perde.
58.Santo de casa não faz milagre.
59.Se cair, do chão não passa.
60.Um homem prevenido vale por dois. 61.Uma andorinha só não faz verão.

Ditados populares e seus significados



O pior cego é o que não quer ver
Significado: Diz-se da pessoa que não quer ver o que está bem na sua frente. Nega-se a ver a verdade.
Histórico: Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D'Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver.

Andar à toa
Significado: Andar sem destino, despreocupado, passando o tempo.
Histórico: Toa é a corda com que uma embarcação remboca a outra. Um navio que está "à toa" é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar. Uma mulher à toa, por exemplo, é aquela que é comandada pelos outros. Jorge Ferreira de Vasconcelos já escrevia, em 1619: Cuidou de levar à toa sua dama.

Casa de mãe Joana
Significado: Onde vale tudo, todo mundo pode entrar, mandar, etc.
Histórico: Esta vem da Itália. Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença (1326-1382), liberou os bordéis em Avignon, onde estava refugiada, e mandou escrever nos estatutos: "que tenha uma porta por onde todos entrarão". O lugar ficou conhecido como Paço de Mãe Joana, em Portugal. Ao vir para o Brasil a expressão virou "Casa da Mãe Joana". A outra expressão envolvendo Mãe Joana, um tanto chula, tem a mesma origem, naturalmente.

Onde judas perdeu as botas
Significado: Lugar longe, distante, inacessível.
Histórico: Como todos sabem, depois de trair Jesus e receber 30 dinheiros, Judas caiu em depressão e culpa, vindo a se suicidar enforcando-se numa árvore. Acontece que ele se matou sem as botas. E os 30 dinheiros não foram encontrados com ele. Logo os soldados partiram em busca das botas de Judas, onde, provavelmente, estaria o dinheiro. A história é omissa daí pra frente. Nunca saberemos se acharam ou não as botas e o dinheiro. Mas a expressão atravessou vinte séculos.

Quem não tem cão caça com gato
Significado: Ou seja, se você não pode fazer algo de uma maneira, se Vira e faz de outra.
Histórico: Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia "quem não tem cão caça como gato", ou seja, se Esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos

Da pá virada
Significado: Um sujeito da pá virada pode tanto ser um aventureiro corajoso como um vadio.
Histórico: Mas a origem da palavra é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está virada para baixo, voltada para o solo, está inútil, abandonada decorrentemente pelo homem vagabundo, irresponsável, parasita. Hoje em dia, o sujeito da "pá virada", parece-me, tem outro sentido. Ele é O "bom". O significado das expressões mudam muito no Brasil com o passar do tempo.

Nhenhenhém
Significado: Conversa interminável em tom de lamúria, irritante, monótona. Resmungo, rezinga.
Histórico: Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, eles não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer "nhen-nhen-nhen".

Estar de paquete
Significado: Situação das mulheres quando estão menstruadas.
Histórico: Paquete, já nos ensina o Aurélio, é um das denominações de navio. A partir de 1810, chegava um paquete mensalmente, no mesmo dia, no Rio de Janeiro. E a bandeira vermelha da Inglaterra tremulava. Daí logo se vulgarizou a expressão sobre o ciclo menstrual das mulheres. Foi até escrita uma "Convenção Sobre o Estabelecimento dos Paquetes", referindo-se, é claro, aos navios mensais.

Pensando na morte da bezerra
Significado: Estar distante, pensativo, alheio a tudo.
Histórico: Esta é bíblica. Como vocês sabem, o bezerro era adorado pelos hebreus e sacrificados para Deus num altar. Quando Absalão, por não ter mais bezerros, resolveu sacrificar uma bezerra, seu filho menor, que tinha grande carinho pelo animal, se opôs. Em vão. A bezerra foi oferecida aos céus e o garoto passou o resto da vida sentado do lado do altar "pensando na morte da bezerra". Consta que meses depois veio a falecer.

Não entender patavina
Significado: Não saber nada sobre determinado assunto. Nada mesmo.
Histórico: Tito Lívio, natural de Patavium (hoje Pádova, na Itália), usava um latim horroroso, originário de sua região. Nem todos entendiam. Daí surgiu i Patavinismo, que originariamente significava não entender Tito Lívio, não entender patavina.

Retirado de: Locuções Tradicionais no Brasil. ed. Universidade Federal de Pernambuco. Luís da Câmara Cascudo

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

DIMENSÕES DA NÃO-APRENDIZAGEM

1. PODEMOS CITAR TRÊS DIMENSÕES BÁSICAS DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM, QUE SÃO:


( x) biológica, social e psicoemocional.
( ) cognitiva, emocional e afetiva.
( ) perceptiva, integrativa e associativa.
( ) memória, atenção e concentração.


2. O ESQUEMA CORPORAL É UM DOS ELEMENTOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR QUE SE CARACTERIZA COMO SENDO:


( ) a capacidade de a criança perceber qual a parte dominante do seu corpo.
( ) a constituição da motricidade fina.
( ) a capacidade de nomear e perceber o passado, presente e futuro.
(x ) a capacidade da criança em ter consciência dos membros de seu corpo, uns em relação aos outros e aos sentimentos que tem em relação ao seu corpo.


3. A PROFESSORA RAQUEL RESOLVEU LEVAR AS CRIANÇAS DA PRÉ-ESCOLA PARA REALIZAREM UMA ATIVIDADE DE PICOTAR PAPÉIS E COLAGEM.

Essa atividade contribuiu para o desenvolvimento:


( ) da estruturação espaço-temporal.
(x ) da coordenação motora fina.
( ) do esquema corporal.
( ) da percepção e respiração.



4. DENTRE AS CAUSAS EXTERNAS DAS DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA, PODEMOS RESSALTAR:


( ) a orientação pedagógica deficiente e os problemas psicomotores.
( ) os problemas de motivação cultural e a maturação.
( x) a orientação pedagógica deficiente e os problemas de motivação cultural.
( ) a dificuldade familiar e os problemas neurológicos.


EDUCAÇÃO, CORPO E MOVIMENTO

1. SOBRE AS AQUISIÇÕES NEUROMOTORAS QUE A CRIANÇA POSSUI POR VOLTA DE 3 E 4 ANOS DE IDADE ATÉ 8 ANOS (SEGUNDA INFÂNCIA),

todas as alternativas estão corretas, exceto:


( ) hábitos motores e psicomotores são essenciais nesta fase para que a criança consiga utilizar os meios de expressão gráfica.
( )estão vinculados à corporeidade todos os aspectos da relação dirigidos ao conhecimento.
( ) a mão é o instrumento da expressão gráfica e a escrita constitui-se num exercício psicomotor.
( X ) nesta fase, não há relação entre a evolução psicomotora e a aprendizagem da leitura e escrita.

2. É IMPORTANTE QUE A CRIANÇA SEJA ESTIMULADA A SE CONSCIENTIZAR DO PRÓPRIO CORPO, POIS:


( ) é importante para a consciência do equilíbrio.
( ) é importante nomear as partes do corpo.
(X) é o primeiro elemento de domínio do comportamento.
( ) dá consciência do equilíbrio corporal em diversas posições.

3. A MÚSICA É UM RECURSO INTERESSANTE, POIS:


( X ) possibilita que a criança tenha contato com diversos ritmos, auxiliando dessa forma o desenvolvimento motor.
( ) possibilita que a criança trabalhe a coordenação motora fina.
( ) está relacionada a processos cognitivos.
( ) possibilita que a criança tenha contato com outros materiais e perceba a importância de ter cuidado com os objetos dos amigos.

4. FAZER ROTAÇÃO DOS BRAÇOS É UM PROCEDIMENTO RELACIONADO À CATEGORIA DE MOVIMENTO ATIVIDADE:


( ) manipulativa.
( x) não-locomotora.
( ) locomotora.
( ) estática.



PROFISSÃO DOCENTE


1. A formação de um professor pesquisador encontra-se ligada ao desejo de transformação e de reconstrução social, em uma prática


pensada de maneira contextualizada.
pensada apenas para a sala de aula.
pensada a partir das inteligências múltiplas.
pautada em métodos de ensino.

2. A concepção que associa a atividade do educador como uma arte está relacionada


ao Egito.
à Grécia.
a Roma.
a Alexandria.


3. O que José Gimeno Sacristán entende por "profissionalidade"?


O domínio da matéria e de métodos de ensino.
A afirmação do que é específico na ação docente.
A capacidade de reflexão por parte do professor.
O conjunto de todas as habilidades relacionais.


4. Em relação à formação continuada, é correto afirmar que


não é importante: o desenvolvimento profissional já ocorre no curso superior.
deve limitar-se à retomada de conteúdos e modalidades da formação inicial.
ela demosntra que se deve priorizar a prática em função da teoria.
é um processo de escuta, discussão e socialização da prática pedagógica.