sábado, 18 de dezembro de 2010
Então é Natal...
O Natal surge como o aniversário do nascimento de Jesus Cristo, Filho de Deus, sendo actualmente uma das festas católicas mais importantes.
Inicialmente, a Igreja Católica não comemorava o Natal. Foi em meados do século IV D.C. que se começou a festejar o nascimento do Menino Jesus, tendo o Papa Júlio I fixado a data no dia 25 de Dezembro, já que se desconhece a verdadeira data do Seu nascimento.
O Natal é, assim, dedicado pelos cristãos a Cristo e transformou-se numa das festividades centrais da Igreja - o nascimento de Jesus.
Apesar de ser uma festa cristã, o Natal, com o passar do tempo, converteu-se numa festa familiar.
Algumas zonas optaram por festejar o acontecimento a 6 de Janeiro, contudo, gradualmente esta data foi sendo associada à chegada dos Reis Magos e não ao nascimento de Jesus Cristo.
Ao longo dos anos, os países católicos ao festejarem a data utilizam várias tradições Natalícias como o presépio, a árvore de Natal, o Pai Natal, a ceia de Natal, a missa do galo, canções de Natal, postais e presentes.
Tornou-se costume em várias culturas montar um presépio quando é chegada a época de Natal. A palavra “presépio” significa um lugar onde se recolhe o gado, curral, estábulo.
Contudo, esta também é a designação dada à representação artística do nascimento do Menino Jesus num estábulo, acompanhado pela Virgem Maria, S. José, os Reis Magos, uma vaca, um jumento, e outras figuras como pastores, ovelhas, anjos, entre outros.
O presépio é uma das representações mais singelas do nascimento de Jesus Cristo. Procura representar a importância daquele momento ao mesmo tempo que nos lembra a forma simples e humilde em que se deu o nascimento. A presença do Menino de Jesus no estábulo, ao lado de Maria e José, tendo por testemunhas os pastores e os animais e recebendo a visita dos Reis Magos guiados à gruta pela estrela de Belém, mostra a grandeza e a omnipotência de Deus representada na fragilidade de uma criança.
Os presépios são expostos não só em Igrejas mas também em casas particulares e em muitos locais públicos.
Variam em tamanho, surgindo alguns em miniatura, outros em tamanho real.
Esta celebração do nascimento de Cristo vem dos finais do século III, quando os peregrinos visitavam a gruta em que nasceu, em Belém.
No século XIII, ano de 1223, S. Francisco de Assis decidiu celebrar a missa da véspera de Natal com os cidadãos de Assis de forma diferente. Assim, esta missa, em vez de ser celebrada no interior de uma igreja, foi celebrada numa gruta, que se situava na floresta de Greccio, em Itália.
S. Francisco transportou para essa gruta uma vaca e um burro reais, feno, para além das imagens do Menino Jesus, da Virgem Maria e de S. José. Com isto, o Santo pretendeu tornar mais real a celebração do Natal. Este acontecimento faz com que muitas vezes S. Francisco seja visto como o criador do presépio.
No século XV, surgem algumas representações do nascimento de Cristo.
Porém, os primeiros presépios tal como os conhecemos hoje só surgiram no século XVI, em 1567, quando, em Itália, uma Duquesa mandou montar um presépio que tinha 116 figuras para representar o nascimento de Jesus, a adoração dos Reis Magos e dos pastores e o cantar dos anjos.
No século XVIII, a recriação da cena do nascimento de Jesus estava completamente inserida nas tradições de Nápoles e da Península Ibérica, incluindo Portugal, onde foram feitos alguns dos mais belos presépios de todo o mundo, sendo de destacar os realizados pelos escultores e barristas Machado de Castro e António Ferreira.
De entre os presépios mais conhecidos, é de salientar os presépios napolitanos, onde se podiam observar-se várias cenas do quotidiano, mas o mais importante era a qualidade extraordinária das suas figuras. Os Reis Magos, por exemplo, eram vestidos com sedas ricamente bordadas e usavam jóias muito trabalhadas.
Em Portugal o presépio tem tradições muito antigas e enraizadas nos costumes populares.
Actualmente, o costume de fazer o presépio, tanto em locais públicos como em casas particulares, ainda se mantém em muitos países europeus.
Na maioria das cidades o presépio é montado pelas autarquias e algumas tentam ter o maior presépio. Foi em Alenquer que, em 1968, se iniciou a tradição de montar um gigantesco presépio, este elaborado pelo pintor Álvaro Duarte de Almeida numa das colinas da cidade.
Tradicionalmente é perto do presépio e da árvore de Natal que são colocados os presentes.
Contudo, com o surgimento da árvore da Natal, os presépios, cada vez mais, ocupam um lugar secundário nas tradições natalícias.
A árvore de Natal surge no século XVI, sendo enfeitada com estrelas e luzes, símbolo de Cristo, Luz do Mundo.
Uma outra tradição de Natal é a troca de presentes, que são dados pelo Pai Natal ou pelo Menino Jesus, dependendo da tradição de cada país.
Todos os anos comemoramos o Natal, e tudo se agita e se movimenta na pressa de festejar o dia 25 de Dezembro. As ruas das cidades enchem-se de enfeites e de pessoas que, apressadamente, compram presentes para oferecer a familiares e amigos.
Aqui e além, um pouco por todo o lado, começam a surgir as mais belas árvores de Natal, enfeitadas com mil luzinhas, bolas coloridas e fitas cintilantes.
As broas, o bolo-rei, as rabanadas, as filhós, o bacalhau e o perú tentam os mais gulosos e não costumam faltar à mesa da consoada.
No meio de tanta azáfama, há pessoas para quem o Natal significa apenas um dia em que se dão boas festas, se comem coisas boas e se recebem presentes, esquecendo o mais importante e que é a verdadeira razão da festa: O nascimento do Menino Jesus.
Apesar de todas estas tradições serem importantes e nos fazerem sonhar, a verdade é que não nos podemos esquecer de que o Natal não se resume a bonitas decorações, contos, música, ceia de Natal e presentes. O verdadeiro significado deverá ser PAZ!
É Natal, é Natal...
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Desejo a todos um Santo Natal e Ano Novo 2015 pleno de realizações pessoais.
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