BLOG DA PRÔ THAÍS RUSSO

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Calendário da semana

Fábulas




A RAPOSA E A CEGONHA

- Fábula de ESOPO - Fabulista grego do século VI.a.C.---
A raposa e a cegonha mantinham boas relações e pareciam ser amigas sinceras. Certo dia, a raposa convidou a cegonha para jantar e, por brincadeira, botou na mesa apenas um prato raso contendo um pouco de sopa. Para ela foi tudo muito fácil, mas a cegonha pode apenas molhar a ponta do bico e saiu dali com muita fome.
-Sinto muito disse a raposa, parece que você não gostou da sopa.


-Não pense nisso, respondeu a cegonha. Espero que, em retribuição a esta visita, você venha em breve jantar comigo.

No dia seguinte, a raposa foi pagar a visita. Quando sentaram à mesa, o que havia para jantar estava contido num jarro alto, de pescoço comprido e boca estreita, no qual a raposa não podia introduzir o focinho. Tudo o que ela conseguiu foi lamber a parte externa do jarro.

-Não pedirei desculpas pelo jantar, disse a cegonha, assim você sente no próprio estomago o que senti ontem.


Moral da história- Quem com ferro fere, com ferro será felido.





A CIGARRA E A FORMIGA

Num belo dia de inverno as formigas estavam tendo o maior trabalho para secar suas reservas de comida. Depois de uma chuvarada, os grãos tinham ficado molhados. De repente aparece uma cigarra:
- Por favor, formiguinhas, me dêem um pouco de comida!
As formigas pararam de trabalhar, coisa que era contra seus princípios, e perguntaram:
-Mas por que? O que você fez durante o verão? Por acaso não se lembrou de guardar comida para o inverno?

Falou a cigarra:
-Para falar a verdade, não tive tempo, Passei o verão todo cantando!
Falaram as formigas:
-Bom... Se você passou o verão todo cantando, que tal passar o inverno dançando? E voltaram para o trabalho dando risadas.
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Fábula de ESOPO
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Moral da história:
Os preguiçosos colhem o que merecem.




O LEÃO APAIXONADO
- Fábula de ESOPO - Fabulista grego do século VI a.C. -

Certa vez um leão se apaixonou pela filha de um lenhador e foi pedir a mão dela em casamento. O lenhador não ficou muito animado com a idéia de ver a filha com um marido perigoso daqueles e disse ao leão que era uma honra, mas muito obrigado, não queria. O leão se irritou; sentindo o perigo, o homem foi esperto e fingiu que concordava:
- É uma honra, meu senhor, mas que dentões o senhor tem! que garras compridas! qualquer moça ia ficar com medo. Se o senhor quer casar com minha filha, vai ter que arrancar os dentes e cortar as garras.
O leão apaixonado foi correndo fazer o que o lenhador tinha mandado; depois voltou à casa do pai da moça e repetiu seu pedido de casamento. O pai esperto que já não sentia medo daquele leão manso e desarmado, pegou um pau e tocou o leão para fora de casa.
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Moral da história:
Quem perde a cabeça por amor, sempre acaba mal.
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A RAPOSA E AS UVAS
Fábula de Esopo - Fabulista grego do século V a.C.
Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra tinha sido excelente. Ao ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar as uvas. Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo:
- Por mim, quem quizer essas uvas pode levar. Estão verdes, estão azedas, não me servem. Se alguem me desse essas uvas eu não comeria.
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Moral da história: Desprezar o que não se consegue conquistar é fácil.
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A Menina do Leite

(Fábula do Esopo, adaptada por Christiane Angelotti)


A menina era só alegria.
Era a primeira vez que iria à cidade, vender o leite de sua querida vaquinha.
Colocou sua melhor roupa, um belo vestido azul,e partiu pela estrada com a lata de leite na cabeça.
Ao caminhar, o leite chacoalhava dentro da lata.
A menina também, não conseguia parar de pensar.
"Vou vender o leite e comprar ovos, uma dúzia."
"Depois, choco os ovos e ganho uma dúzia de pintinhos."
"Quando os pintinhos crescerem, terei bonitos galos e galinhas."
"Vendo os galos e crio as galinhas, que são ótimas para botar ovos."
"Choco os ovos e terei mais galos e galinhas."
"Vendo tudo e compro uma cabrita e algumas porcas."
"Se cada porca me der três leitõezinhos, vendo dois, fico com um e ..."
A menina estava tão distraída em seus pensamentos, que tropeçou numa pedra, perdeu o equilíbrio e levou um tombo.
Lá se foi o leite branquinho pelo chão.
E os ovos, os pintinhos, os galos, as galinhas, os cabritos, as porcas e os leitõezinhos pelos ares.

Moral da história:
Não se deve contar com uma coisa antes de conseguí-la.


domingo, 6 de novembro de 2011

O que são fábulas?



A fábula é uma narrativa figurada, na qual as personagens são geralmente animais que possuem características humanas. Pode ser escrita em prosa ou em verso e é sustentada sempre por uma lição de moral, constatada na conclusão da história.

A fábula está presente em nosso meio há muito tempo e, desde então, é utilizada com fins educacionais. Muitos provérbios populares vieram da moral contida nesta narrativa alegórica, como por exemplo: “A pressa é inimiga da perfeição” em “A lebre e a tartaruga” e “Um amigo na hora da necessidade é um amigo de verdade” em “A cigarra e as formigas”.

Portanto, sempre que redigir uma fábula lembre-se de ter um ensinamento em mente. Além disso, o diálogo deve estar presente, uma vez que trata-se de uma narrativa.

Por ser exposta também oralmente, a fábula apresenta diversas versões de uma mesma história e, por este motivo, dá-se ênfase em um princípio ou outro, dependendo da intenção do escritor ou interlocutor.

É um gênero textual muito versátil, pois permite diversas situações e maneiras de se explorar um assunto. É interessante, principalmente para as crianças, pois permite que elas sejam instruídas dentro de preceitos morais sem que percebam.

E outra motivação que o escritor pode ter ao escolher a fábula na aula, no vestibular ou em um concurso que tenha essa modalidade de escrita como opção é que é divertida de se escrever. Pode-se utilizar da ironia, da sátira, da emoção, etc. Lembrando-se sempre de escolher personagens inanimados e/ou animais e uma moral que norteará todo o enredo.



As fábulas são pequenas histórias que transmitem uma lição de moral. As personagens das fábulas são geralmente animais, que representam tipos humanos, como o egoísta, o ingênuo, o espertalhão, o vaidoso, o mentiroso, etc.
A fábula é uma das mais antigas formas de narrativa. Muitos escritores dedicaram-se às fábulas, mas três ficaram mundialmente famosos: o grego Esopo (século VI a.C.), o latino Fedro (15 a.C. - 50 d.C.) e o francês Jean de La Fontaine (1621 - 1695).
No Brasil, Monteiro Lobato (século XX) foi quem as recriou. Millôr Fernandes é um escritor carioca que recriou as antigas fábulas de Esopo e La Fontaine, de forma satírica e engraçada.
A fábula se divide em 2 partes:
· 1ª parte - a história (o que aconteceu)
· 2ª parte - a moral (o significado da história)
A origem da fábula perde-se na antiguidade mais remota. Os gregos citavam Esopo como fundador da fábula. Os seus textos: A Raposa e as Uvas, A Tartaruga e a Lebre, O Vento Norte e o Sol, O Menino que criava Lobo, O Lobo e o Cordeiro são bem conhecidas pelo mundo afora.


Podem-se citar algumas fábulas imortalizadas por La Fontaine: "O lobo e o cordeiro", "A raposa e o esquilo", "Animais enfermos da peste", "A corte do leão", "O leão e o rato", "O pastor e o rei", "O leão, o lobo e a raposa", "A cigarra e a formiga", "O leão doente e a raposa", "A corte e o leão", "Os funerais da leoa", "A leiteira e o pote de leite".
O brasileiro Monteiro Lobato dedica um volume de sua produção literária para crianças às fábulas, muitas delas adaptadas deFontaine . Dessa coletânea, destacam-se os seguintes textos: "A cigarra e a formiga", "A coruja e a águia", "O lobo e o cordeiro", "A galinha dos ovos de ouro" e "A raposa e as uvas".


Sendo um gênero que explicita modos devidos e indevidos de comportamento, atuando sobre o leitor numa perspectiva predominantemente ética, as fábulas não deixam de lhe proporcionar, no entanto, uma leitura, a um só tempo, crítica e prazerosa.


Fábulas mais conhecidas:
A Raposa e as Uvas - Esopo
A Lebre e a Tartaruga - Esopo
O Corvo e o Jarro - Esopo
A Cigarra e a Formiga - La Fontaine
A Raposa e a Cegonha - La Fontaine

Textos Instrucionais



Quão grande é a variedade de textos que participam do nosso cotidiano!

Propagandas, jornais, revistas, correspondências. Enfim, participamos de uma diversidade enorme de modalidades textuais enquanto seres sociais.

Mas é preciso que entendamos que todo texto tem um objetivo específico no que se refere à mensagem transmitida.

Existe um tipo textual muito útil no nosso dia a dia, e sempre que precisamos lá estamos nós a sua procura.

São os chamados Textos Instrucionais. Os mesmos têm função única e exclusivamente informativa. Dentre ele estão:

Manuais de eletrodomésticos, jogos eletrônicos, receitas culinárias, rótulos de embalagens de uma forma geral, entre outros.

Vejamos um exemplo:

Doces Caramelados

Ingredientes:

- 2 xícaras de açúcar
- 1 xícara de água
- 2 colheres de sopa de vinagre branco

Modo de preparo:

Leve ao fogo o açúcar e a água, deixando ferver até o ponto de bala mole (pingue a calda em uma xícara com água para verificar o ponto). Adicione o vinagre e deixe no fogo até ficar com cor de champagne (no ponto de quebrar).

Abaixe o fogo ao mínimo. Jogue os doces um a um na calda, retire-os e coloque-os sobre superfície untada com manteiga.
O texto expositivo apresenta informações sobre um objeto ou fato específico, sua descrição, a enumeração de suas características. Esse deve permitir que o leitor identifique, claramente, o tema central do texto.

Um fato importante é a apresentação de bastante informação, caso se trate de algo novo esse se faz imprescindível.

Quando se trata de temas polêmicos a apresentação de argumentos se faz necessário para que o autor informe aos leitores sobre as possibilidades de análise do assunto.

O texto expositivo deve ser abrangente, deve permitir que seja compreendido por diferentes tipos de pessoas.

O texto expositivo pode apresentar recursos como a:

- instrução, quando apresenta instruções a serem seguidas;
- informação, quando apresenta informações sobre o que é apresentado e/ou discutido;
- descrição, quando apresenta informações sobre as características do que está sendo apresentado;
- definição, quando queremos deixar claro para o nosso leitor do que, exatamente, estamos falando;
- enumeração, quando envolve a identificação e apresentação seqüencial de informações referentes àquilo que estamos escrevendo;
- comparação, quando o autor quer garantir que seu leitor irá compreender bem o que ele quer dizer;
- o contraste, quando, ao analisar determinada questão, o autor do texto deseja mostrar que ela pode ser observada por mais de um ângulo, ou que há posições contrárias.


Veja um exemplo de texto expositivo:

O telefone celular

A história do celular é recente, mas remonta ao
passado –– e às telas de cinema. A mãe do telefone
móvel é a austríaca Hedwig Kiesler (mais conhecida
pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma
atriz de Hollywood que estrelou o clássico Sansão
e Dalila (1949).
Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela
inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista
fabricante de armas. O que sobrou de uma relação
desgastante foi o interesse pela tecnologia.
Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra
Mundial, ela soube que alguns torpedos teleguiados
da Marinha haviam sido interceptados por
inimigos. Ela ficou intrigada com isso, e teve a idéia:
um sistema no qual duas pessoas podiam se comunicar
mudando o canal, para que a conversa
não fosse interrompida. Era a base dos celulares,
patenteada em 1940.

Disponível em:
http://www.canalkids.com.br/tecnologia/invencoes/ curiosidades.htm