BLOG DA PRÔ THAÍS RUSSO

domingo, 7 de março de 2010

DIA INTERNACIONAL DA MULHER






Alma de Mulher
de Maria Cristina Moreira Safadi

No objetivo de buscar o papel da mulher no mundo,
o caminho escolhido foi minha vida,
vista e analisada pela alma e coração femininos.
Quando criança, já sentia como são diferentes os caminhos das pessoas.
Pobres e ricos, crentes e ateus,
feios e bonitos, saudáveis e imperfeitos.
Um mundo cheio de cores, alegres e tristes.
E eu desejava muito entendê-lo.
Olhava-me e ignorava o sentido de minha existência.
Mas sentia-me bem, assim como era.
Meus cabelos cacheados que me cobriam os ombros me enchiam de orgulho.
Pela manhã, os escovava, tratando-os como a um tesouro.
Minha alma feminina já se manifestava em pequenas coisas.
Emocionava-me com facilidade e não raro derramava lágrimas
por algo que via ou presenciava.
Alma de mulher.
Nos longos recreios na escola eram constantes minhas visitas a gruta de Nossa Senhora e ali...
Sentia-me feliz. Aquela mulher, de rara beleza me fascinava e me orientava.
Tinha um amor imenso por aquela mulher.
Jovem e corajosa que gerou, amamentou, ensinou os primeiros passos a Jesus.
Sim, eu a amava muito e gostava de partilhar com ela o imenso privilégio de ser mulher.
Um dia, pensava eu, ainda faria algo forte,
algo de que pudesse me orgulhar.
Algo para deixar sementes e brotar minha presença neste mundo
. Alma de mulher.
Minha mãe era rainha naquela bonita casa.
E eu... Eu a achava linda... Mãe de oito filhos,
sabia se conduzir com força e determinação,
dispensando a cada um a real necessidade que se fazia presente.
Ocupava em meu coração infantil um lugar que ninguém mais haveria de conquistar.
Segurava suas mãos, sabendo que me levariam por um justo caminho.
Seguia seus passos, certos e firmes e admirava-a mais do que nunca,
dividindo suas horas nos afazeres domésticos e em seus cuidados com o lar.
A delicadeza feminina.
Alma de mulher.
Mas, seria isto o que se espera de uma mulher?
Fui crescendo, olhos atentos, mãos explorando,
visitas contínuas a Nossa Senhora.
Não... jamais poderia imaginar a luz que recebi de Minha Mãe.
Procurava incessantemente meu lugar.
Estudava, lia tudo que me passava pelas mãos.
Mudei de rumo muitas e muitas vezes,
mas sempre a alma feminina, ansiosa, misteriosa e terna,
dirigia meus mais importantes momentos.
Alma de mulher
Finalmente terminei meus estudos em profissão não tão feminina.
Ao menos pensava assim,
tendo como universo o mundo que se descortinava a minha frente.
Mas a imagem daquela Nossa Senhora jamais me abandonou.
Trazia-me uma força traduzida na minha vontade de marcar o meu caminho com flores,
muitas flores.
Flores com seu aroma, sua mensagem, sua cor, seu sentido,
purificando as mãos daqueles que as tocam.
Um mundo visto por meu coração.
Alma de mulher.
Nesta fase de minha vida já começava a compreender a importância de ser mulher.
Colocar nos corações toda vida emocional que vibra no sangue de cada um.
Olhava-me e não identificava mais aquela menina franzina e temerosa dos velhos tempos.
E os sonhos onde estariam eles?
Escondido em algum canto de meu coração.
Mas não estavam perdidos.
Acalento-os até hoje e muitos... Estes os realizei.
Alma de mulher.
Tornei-me mãe e meus filhos muito me ensinaram.
Aprendi a esquecer, perdoar, não permanecer em queda,
pois muito ainda haveria de lutar.
Conheci a beleza de ter em meus ombros a tarefa de carregar seres que muito amo.
Trabalho gerando flores, lágrimas que caem numa canção,
sorrisos que brotam dos lábios de meus filhos.
Tudo em perfeita harmonia.
Impossível ser feliz sem vê-los igualmente felizes.
Alma de mulher
Abri então meu coração, entendendo que ser feliz é muito mais.
É compreender a verdadeira missão a que nos foi destinada.
Trazer ao mundo o toque delicado das mãos femininas,
no cuidado, no amor, no trabalho.
É dizer não a violência que insiste em se alastrar,
é pagar com sorriso a lágrima que insiste em cair,
é gostar do amargo porque nele também podemos perceber o doce.
Ser mulher é saber calar e falar com o coração.
É poder se comunicar sem nem mesmo usar a palavra.
É ter a tarefa de decidir com força e determinação,
sentindo em nossas mãos o peso da decisão.
Alma de mulher.
Finalmente em minha jornada encontrei a Deus.
E pude amá-lo de forma intensa e maravilhosa.
Pude senti-Lo nos momentos mais amargos
e pude partilhar com Ele minhas alegrias.
Pude enfim encontrar o amor infinito de Deus
e pude amá-lo com alma de mulher.






















Entre a carreira e a Família

Eduardo Gama

Economista norte-americana explica as dificuldades que a mulher enfrenta para conciliar o trabalho e a família.
Em nenhuma outra época da história a mulher teve de se questionar sobre as suas escolhas como hoje. A dúvida entre investir seu tempo e seus esforços em uma carreira profissional ou dedicar-se à construção de uma família angustia muitas mulheres. Para elas, a vontade natural de ter filhos pode se tornar um problema.
Com o objetivo de entender esse dilema, a economista norte-americana Sylvia Ann Hewlett realizou uma pesquisa entre mulheres bem remuneradas e com alto nível de instrução. O resultado foi a publicação do livro Creating a life; Women and the Quest for Children. Em um artigo publicado pela revista Exame (29/05/02), a economista afirma que entre as mulheres norte-americanas que ganham mais de cem mil dólares, 49% não têm filhos, enquanto entre os homens esse percentual é de 19%.
Por que é tão difícil para a mulher ter uma carreira bem-sucedida a ter filhos? Segundo Hewlett, não foram criadas políticas, tanto no local de trabalho como na sociedade, de apoio às mães que trabalham fora do lar: "Ironicamente, essa falta de política é, de certa forma, culpa do movimento feminista americano. Se retrocedermos ao século 19, veremos que as feministas dos Estados Unidos canalizaram grande parte de sua energia para a luta pela igualdade formal com os homens", diz a economista.
Outro obstáculo comentado por Hewlett é o modo como as mulheres jovens encaram essa questão. Entre os 20 anos, a mulher pensa que pode se dedicar integralmente à carreira e quando estiver entre os 35 anos poderá pensar na maternidade. Hewlett diz que "a mídia sempre alardeia os avanços da ciência da reprodução, dando às mulheres a ilusão de que podem adiar a maternidade até que suas carreiras estejam consolidadas. As novas tecnologias de reprodução não têm ainda uma resposta para o problema da fertilidade no caso de mulheres mais velhas".
A solução para a dúvida entre carreira e maternidade parece impossível. Entretanto, a economista dá algumas sugestões para as mulheres que pretendem conciliar o trabalho e a família:
- Imagine que tipo de vida você quer ter aos 45 anos. Se pretende ter filhos (cerca de 86% a 89% das mulheres com salários entre 55 mil e 65 mil dólares anuais querem ser mães) é essencial que você se comprometa com a idéia, e aja rapidamente. - Tenha o seu primeiro filho antes dos 30. O milagre da maternidade tardia, pouco comum, traz muitos riscos e a sua possível não realização, muitas frustrações.- Escolha uma carreira que lhe permita controlar seu tempo. Certas carreiras dão mais flexibilidade e não se ressentem tanto de interrupções. - Escolha uma empresa que se comprometa a ajudá-la a atingir o ponto de equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Descubra se a empresa tem programas de jornada reduzida e se concede licença com garantia de retorno ao trabalho".
Uma saída que as norte-americanas estão encontrado é dedicar-se somente à família. Susan De Ritis, fundadora do Family and Home Network, disse que "as mulheres querem ter filhos e criá-los, e estão encontrando caminhospara realizar a tarefa em tempo integral".
A economista Sylvia Ann Hewlett aconselha às mulheres: "Não digo que joguem fora a sua carreira, mas para as mulheres em torno dos 30 anos, idade em que fundar uma família e ter filhos é relativamente fácil, esta deve ser a prioridade, e não o trabalho".
Entretanto, em muitos casos, o trabalho da mulher é uma necessidade para o sustento da família. Mas o que se vê atualmente é uma preferência pela carreira que, a longo prazo, não realiza a mulher tanto quanto a família.

Fonte: INTERPRENSA -
ANO VI - Número 60 - Agosto de 2002
























Mulheres
Pablo Neruda

Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.
Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta
quando acreditam que existe melhor solução.
Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.
Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.





































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Origem do Dia Internacional da Mulher



































































































































































































O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher
Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Women's Trade Union League. Esta associação tinha como principal objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho.
Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque: reivindicaram o mesmo que as operárias no ano de 1857, bem como o direito de voto. Caminhavam com o slogan "Pão e Rosas", em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida.
Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher".






































































































































































































































































































































































































































































































































































































SER MULHER É...


































































































































































































Viver mil vezes em apenas uma vida,


































































































































































































é lutar por causas perdidas e sempre sair vencedora,


































































































































































































é estar antes do ontem e depois do amanhã,


































































































































































































é desconhecer a palavra recompensa apesar dos seus atos.


































































































































































































Ser mulher é chorar de alegriae muitas vezes sorrir com tristeza,


































































































































































































é cancelar sonhos em prol de terceiros,


































































































































































































é acreditar quando ninguém mais acredita,


































































































































































































é esperar quando ninguém mais espera.


































































































































































































Ser mulher é estar em mil lugares de uma só vez,


































































































































































































é fazer mil papéis ao mesmo tempo,


































































































































































































é ser forte e fingir que é frágil pra ter um carinho.


































































































































































































Ser mulher é acima de tudo um estado de espírito,


































































































































































































é uma dádiva,


































































































































































































é ter dentro de si um tesouro escondido


































































































































































































e ainda assim dividí-lo com o mundo!

































































































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